sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

O Relógio Onipresente









O relógio onipresente, no celular, no computador, no painel do carro, na geladeira, na calculadora, na câmera fotográfica, no pulso, no bolso, no sino da matriz, no totem da praça, na parede do supermercado, parece dizer a esta sociedade ansiosa que a hora chega. Lembra um pouco aquele corvo de Poe, multiplicado em instâncias digitais e sonoras, sempre a nos lembrar, sempre a nos preparar. Só que ao invés de voluntariamente vir pousar nos umbrais de nossas portas, o relógio onipresente fomos nós mesmos que o penduramos por todos os lugares.
O que será que quer nos dizer, para sempre ou nunca mais?

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